5 abril, 2022
Dr. Thebar Miranda disse em entrevista à Lusa que a covid-19 teve um impacto positivo no mercado legal do medicamento em Moçambique.
"A covid teve um impacto positivo no mercado legal. Não quer dizer que o consumo de medicamentos em Moçambique tenha crescido", mas "o mercado legal absorveu uma grande parte do ilegal", referiu o líder do grupo farmacêutico português.
O fecho de fronteiras e as restrições à mobilidade provocadas pela pandemia atingiram o contrabando e a circulação de medicamentos falsificados, enquanto a cadeia de fornecimento por vias legais se manteve resiliente, explicou Thebar Miranda.
"As cadeias de distribuição mais bem montadas superaram as redes informais", mais precárias, disse o presidente do grupo que faz chegar medicamentos a todo o território moçambicano.
O grupo português chegou há 25 anos ao país, onde está presente através da Medis Farmacêutica, que faz importação de medicamentos, marketing, distribuição e retalho.
Segundo referiu Thebar Miranda à Lusa, em 2021 o mercado legal cresceu pelo menos em um terço, a atividade da Medis cresceu 36% e a incógnita reside agora no que vai acontecer com a covid-19 a recuar e a mobilidade a regressar à normalidade.
"Acredito que uma boa parte do mercado já aprendeu onde é que tem segurança de fornecimento" e poderá agora decidir "se vai continuar a abastecer-se onde teve segurança", durante a pandemia, "em vez de se abastecer na feira", disse aquele responsável.
Thebar Miranda olha para trás e considera que "a pandemia pode ter servido para o bem do acesso ao medicamento" no país lusófono banhado pelo Índico.
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